quarta-feira, 1 de maio de 2013

Jovens Urbanos e do Campo

Nas cidades:

Os carros e caminhões eram raros, os jovens iam aos lugares de bicicleta. O comércio não era agitado e nem se dava sinais de desespero com infinitas liquidações. Nas ruas,via-se muitos jovens hippies. O gosto musical que predominava nessa época era o rock’n’roll. Alguns jovens das cidades já tinham acesso a televisão, e ouviam musicas pelo rádio. E os jovens urbanos tinham mais acesso a política, por isso faziam greves, eles opinavam sobre leis e deputados.






No campo:
Quem morava no campo não tinha acesso a tecnologias modernas como a televisão e o rádio. Eles ouviam musicas com discos de vinil. Quem morava no campo,tinha que ir ate a cidade para comprar as coisas, e como não tinham tanto acesso as coisas, eles não opinavam sobre política, não sofriam sobre as leis impostas pela ditadura e achavam que o país era mais seguro naquela época.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Movimento da População Contra a Ditadura


A luta pela liberdade de expressão e democracia.


Regime militar. Os militares tomaram o poder no Brasil em março de 1964, mesmo inicialmente anunciando eleições diretas para o ano seguinte. Entretanto, divergências internas levaram ao prolongamento da ditadura. 

Enquanto a oposição se organizava na ilegalidade, a sociedade se mobilizava e a esquerda radical preparava-se para a luta armada.  

Em 1968 os militares impuseram o decreto AI-5 que dava plenos poderes ao presidente. Foi o período da censura. 

Milhares de artistas e estudantes na época fizeram manifestações contra a censura em favor da liberdade de expressão. Ainda assim, a repressão e a tortura intimidava a população. Os grupos de resistência foram quase disseminados. Em 1969 a oposição se enfraqueceu mediante o governo opressor do General Médici e o estranho porém real "avanço econômico". 






Em 1970 até a copa foi utilizada para a propaganda oficial. Na década de 1970 já havia televisão em cerca de 40% das casas brasileiras. 


A crise internacional do petróleo de 1973 comprometeu a economia brasileira.  Em 1975 alguns jornais já estavam livres da censura, embora o governo perseguisse violentamente alguns grupos da imprensa (muitos desapareceram e jamais tiveram seus corpos encontrados).




Em 1978 iniciou-se a abertura política. Em 1979 o AI-5 foi revogado. A alta inflação que assolou o país nos anos e seguintes fez despencar a popularidade do sistema político, mas somente em 1984 manifestações que reuniram mais de um milhão de pessoas reivindicaram eleições diretas.

Movimento Hippie


Os "hippies" eram parte do que se convencionou chamar movimento decontracultura dos anos 1960 tendo relativa queda de popularidade nos anos 1970 nos EUA, embora o movimento tenha tido muita força em países como o Brasil somente na década de 70.

Uma das frases idiomáticas associada a este movimento foi a célebre máxima "Paz e Amor" (em inglês "Peace and Love") que precedeu á expressão "Ban the Bomb" , a qual criticava o uso de armas nucleares.
As questões ambientais, a prática de nudismo, e a emancipação sexual eram ideias respeitadas recorrentemente por estas comunidades.
Adotavam um modo de vida comunitário, tendendo a uma espécie de socialismo-anarquista ou estilo de vida nômade e à vida em comunhão com a natureza, negavam o nacionalismo e a Guerra do Vietnã, bem como todas as guerras, abraçavam aspectos de religiões como o budismo,hinduísmo, e/ou as religiões das culturas nativas norte-americanas e estavam em desacordo com valores tradicionais da classe média americana e das economias capitalistas e totalitárias. Eles enxergavam o patriarcalismo, o militarismo, o poder governamental, as corporações industriais, a massificação, o capitalismo, o autoritarismo e os valores sociais tradicionais como parte de uma "instituição" única, e que não tinha legitimidade.

A guerra do Vietnam (1946 a 1975) influenciou sim a ideologia dos anos 70. O conflito que envolveu o Vietnam do Sul, os Estados Unidos e a França deixaram suas marcas sangrentas e espalharam por todo o mundo imagens de bombardeios, guerrilhas, mortes, sofrimentos... Mesmo a tratado de paz sendo assinado em 1973, as tropas norte americanas tomaram algumas cidades em 1975 e somente em 1976 o Vietnam do Sul se rendeu e foi proclamada a república socialista do Vietnam.  Mesmo as coisas por aqui estando sob os brios da ditadura, o mundo (após 1976) foi tomado pelo desejo de dar fim às guerras e sim à paz.

Época da Ditadura Militar


Podemos dizer, basicamente, que os anos setenta foram anos de contrastes,inicou com o apogeu do golpe militar no Brasil, do regime implantado pelos militares, mas também foi do declínio deste regime implantado desde o inicio dos anos 60. Foram anos de massiva propaganda, anos de ditadura, falta de liberdade, censura e perseguições.



Mas foram anos de resistência, formada pelos intelectuais, estudantes, operários, artistas. Houve perseguições com prisões para todos que ousavam ir contra o regime. Muitos foram presos, torturados e banidos para fora do país.

Muitos foram presos, torturados e banidos para fora do país. Anos de muita propaganda oficial Anos dos slogans do “Brasil! Ame-o ou Deixe-o”e da dupla Tom e Ravel, cantores que em suas musicas exaltavam o Brasil contribuindo para divulgar o regime, tais como “este é um país que vai pra frente e ninguém segura a juventude do Brasil”. Foi também a década em que o futebol esteve em pauta contribuindo para alienação do povo salientado pelo título de tri-campeão mundial, bem no começo da década "noventa milhões em ação".






   Os principais influentes contra a ditadura:

Os festivais de música do final dessa década revelam compositores e intérpretes das chamadas canções de protesto, como Geraldo Vandré, Chico Buarque de Holanda e Elis Regina.
O cinema traz para as telas a miséria de um povo sem direitos mínimos, como nos trabalhos de Cacá Diegues e Glauber Rocha.
No teatro, grupos como o Oficina e o Arena procuram dar ênfase aos autores nacionais e denunciar a situação do país.
Com o AI-5, as manifestações artísticas são reprimidas e seus protagonistas, na grande maioria, empurrados para o exílio.
Na primeira metade dos anos 70 são poucas as manifestações culturais expressivas, inclusive na imprensa, submetida à censura prévia.


Algumas Imagens que descrevem a Ditadura, seus influentes negativos, e suas leis:

















A Moda nos Anos Setenta


A década de 70 foi uma das mais ricas na história da moda. Até hoje, a época serve como inspiração para os estilistas que acabam trazendo de volta algumas peças.





O período foi de revolução e marcou um salto no comportamento dos jovens, na música e na liberação  da mulher.










Foi a época do Festival de Woodstock, do movimento hippie, da onda disco, etc. A moda também deu um salto. Para os homens, deixou de ser formal e ganhou um toque colorido e psicodélico.







Para as mulheres, passou a ser romântica e despojada: com cabelos desalinhados, saias longas ou curtíssimas com inspiração indiana, batas e estampas florais ou multicoloridas.



Além disso, o unissex entra na moda com suas boca-de-sino e sapatos plataforma.  A moda glitter também emplacou nos anos 70: futurista, metálica e andrógina, personificada na figura do camaleão David Bowie. O "paz e amor" foi cedendo espaço à moda disco que aqui no Brasil atingiu seu ápice com a novela Dancin Days.






Desfile da marca Colcci, inspirado nos anos 70, na coleção de 2011:



Acredite, da pra usar tudinho de novo.
Veja:


Tropicalismo

Tropicalismo ou Movimento tropicalista foi um movimento cultural brasileiro que surgiu sob a influência das correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira (como o pop-rock e o concretismo); misturou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais. Tinha objetivos comportamentais, que encontraram eco em boa parte da sociedade, sob o regime militar, no final da década de 1960, início da de 70. 



O movimento manifestou-se principalmente na música (cujos maiores representantes foram Caetano Veloso,Gilberto Gil, Torquato Neto, Os Mutantes e Tom Zé); manifestações artísticas diversas, como as artes plásticas(destaque para a figura de Hélio Oiticica), o cinema (o movimento sofreu influências e influenciou o Cinema novo deGláuber Rocha) e o teatro brasileiro (sobretudo nas peças anárquicas de José Celso Martinez Corrêa). Um dos maiores exemplos do movimento tropicalista foi uma das canções de Caetano Veloso, denominada exatamente de "Tropicália".
VIVENCIARAM ESSE PERÍODO:Gilberto Gil, Roberto Carlos, Caetano Velos, Elis Regina, João Gilberto, Gal Costa, Tom Jobim, Erasmo Carlos, Rita Lee, Chico Buarque, Clara Nunes, Jair Rodrigues, Jorge Ben Jor, Wanderléia, Raul Seixas, Tim Maia, Vinicius de Moraes.




Embora marcante, o Tropicalismo era visto por seus adversários como um movimento vago e sem comprometimento político, comum à época em que diversos artistas lançaram canções abertamente críticas à ditadura. De fato, os artistas tropicalistas fazem questão de ressaltar que não estavam interessados em promover através de suas músicas referências temáticas tradicionais à problemática político-ideológica, como feito até então pela canção de protesto: acreditavam que a experiência estética vale por si mesma e ela própria já é um instrumento social revolucionário.



Durante a década de 1960, delinearam-se na música popular brasileira quatro grandes tendências:
a primeira era composta por alguns dos artistas que herdaram a experiência da Bossa Nova (ou seus próprios representantes), e compunham uma música que estabelecia relações com o samba e o cool jazz (grupo no qual pode-se inserir a figura de Chico Buarque);
um segundo grupo, reunido sob o título "Canção de Protesto", se recusava a aceitar elementos da música pop estrangeira, em defesa da preservação da cultura nacional frente ao imperialismo cultural, e via a canção, acima de tudo, como um instrumento de crítica política e social (neste grupo destaca-se a figura de Geraldo Vandré);
um terceiro grupo, interessado em produzir um tipo de música que possuía forte influência do rock inglês e norte-americano, tão em voga no mundo daquele período, e que aqui no Brasil ficou conhecido como iê-iê-iê ouJovem Guarda (neste grupo destacam-se artistas como Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia).
e finalmente um quarto grupo, especialmente dedicado a promover experimentações e inovações estéticas na música formado justamente pelos artistas tropicalistas.


 Alguns dos artistas participaram de mais de uma desses grupos, mas o estilo dessas correntes eram distintos e tinham características próprias e delimitadas.



Dado o caráter repressivo do período, a intelectualidade da época (e principalmente determinadas fatias da juventude universitária ligadas ao movimento estudantil) tendiam a rejeitar a proposta tropicalista, considerando seus representantes alienados. Apenas décadas mais tarde, quando o movimento já havia se esvaziado, ele passou a ser efetivamente compreendido e deixou de ser tão criticado.


Entrevistas com artistas sobre a época aqui: aqui





Filme

Há um musical americano criado com inspiração nos anos setenta, ele representa muito bem a vida das pessoas naquela época.Sinopse-De passagem por Nova Iorque, um dia antes de se apresentar para a ir a Guerra do Vietnã, um rapaz do interior que chega a Nova York conhece um grupo de hippies, com os quais passa a conviver. Com eles, aprende a ver o outro lado de uma guerra, e se apaixona por uma jovem de família rica.Sheila, a jovem milionária nova-iorquina por quem Claude se enamora e mais a tribo de hippies contrários à Guerra do Vietnã e adeptos do pacifismo, sexo livre e das drogas, tenta de várias maneiras convencê-lo a não ir para a guerra e queimar seu cartão de alistamento, como feito por eles.O filme difere em vários pontos do consagrado musical em que se baseou, o maior deles ao final, quando 'Berger', o líder do grupo de hippies, e não 'Claude', o pacato jovem do interior convocado para o Vietnã, acaba indo para a guerra no lugar do amigo e morrendo dela.








Hair foi levado ao cinema em 1979 pelo diretor tcheco Milos Forman, com roteiro de Michael Weller e coreografado por Twyla Tharp. No elenco, nomes como John Savage, Treat Williams, Beverly D'Angelo e dois integrantes do musical original (1968) da Broadway, Melba Moore e Rony Dyson, além de Annie Golden, que fez no cinema o mesmo papel que fez na remontagem de Hair na Broadway em 1977. Filmado em grande parte no Central Park e no Washington Square Park, em Nova York, o filme difere em muitos pontos do musical original, a começar pela eliminação de diversas músicas constantes na peça.
Personagens também tiveram seus perfis mudados. Nele, Claude é um inocente recruta de Oklahoma que chega a Nova York para integrar-se ao exército, convocado para o Vietnã, e Sheila - nos palcos também uma hippie da Tribo - é uma socialite nova-iorquina que lhe chama a atenção. Na que talvez seja a maior liberdade com a história original, um engano acaba mandando Berger, ao invés de Claude, ao Vietnã, onde ele morre na guerra.Crítica:Estreando mundialmente como hors concours no Festival de Cinema de Cannes,o filme, apesar das mudanças, teve sucesso de público e recebeu críticas positivas importantes como a de Vincent Canby, do New York Times, que escreveu " ...as invenções de Weller (o roteirista) fizeram este Hair ser mais divertido que o original. Ele também deu tempo e espaço para o desenvolvimento dos personagens que, no palco, tinham que expressar a si mesmos quase que inteiramente por música. O elenco é soberbo e o filme, de maneira geral, é delicioso."A TIME acompanhou com "Hair é bem sucedido em todos os níveis - como um divertimento vulgar, um drama emocional, um espetáculo estimulante e uma observação social provocadora."James Rado e Gerome Ragni, porém, ficaram insatisfeitos com o resultado, achando que Forman retratou os hippies como "algum tipo de aberração" sem qualquer ligação com o movimento pacifista, falhando em transportar para a tela a essência original da obra. Eles declararam que qualquer semelhança entre o filme e o musical se limita a algumas canções, o título em comum e o nome dos personagens. Na opinião dos autores, a verdadeira versão cinematográfica de Hair ainda não foi feita.


Conhecendo um pouco mais sobre nosso país:

Sabemos que muitos não fazem ideia de como era nosso belo Brasil na época da "Paz e Amor", então aqui estão imagens que lhe ajudarão a saber melhor:
 Rua Augusta em outubro de 1977 
 Paisagem urbana da rua Florêncio de Abreu, no centro de São Paulo, em dezembro de 1978 
 Rua 25 de Março em 1975 
 Rua Barão de Itapetininga, no Centro, em 1972 
 Rua da Consolação em dezembro de 1978 
 Rua José Paulino em dezembro de 1979 
 Rua Nova Vergueiro em fevereiro de 1975 
Fachada de prédio na rua Santa Ifigênia em março de 1978