Os cabelos compridos, a barba por fazer, as calças boca de sino as roupas coloridas conseguiram silenciosamente, ou na verdade através de muita música, influenciar e modificar muito mais o mundo do que as guerras ou a repressão.
No Brasil, a juventude trocava os bons e comportados moços da Jovem Guarda, por outros nomes que na época se colocavam como opositores ao sistema, como Raul Seixas, Taiguara, Os Mutantes, mas sucesso mesmo na época fazia o cantor que trocasse seu nome para um nome inglês, assim Fábio Jr. era Mark Dave, Mauricio Alberto estourou “Feelings” no mundo inteiro como Morris Albert, meu amigo Dave Mc. Lean, pegava o ônibus de São Paulo para Piracicaba onde morava, ouvindo seus sucessos sem poder dizer nada pra ninguém.
Enquanto a ditadura Militar dos anos 70 perseguia a todos, nas comunicações, na música, no teatro, nas universidades, Geraldo Vandré lança uma música que em metáfora transformou-se no hino daquela geração, com um título irônico para os censores; “Prá não dizer que não falei das flores” , durante as passeatas estudantis era a música da “CAMINHADA”, convidando a todos a participar sob o refrão “vem vamos embora / que esperar não é saber / quem sabe faz a hora / não espera amanhecer ”.
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