segunda-feira, 29 de abril de 2013

Cabelos Compridos


Os cabelos compridos, a barba por fazer, as calças boca de sino as roupas co­loridas conseguiram silen­ciosamente, ou na verdade através de muita música, influenciar e modificar mui­to mais o mundo do que as guerras ou a repressão.
No Brasil, a juventude tro­cava os bons e comportados moços da Jovem Guarda, por outros nomes que na época se colocavam como oposi­tores ao sistema, como Raul Seixas, Taiguara, Os Mutantes, mas sucesso mesmo na épo­ca fazia o cantor que trocasse seu nome para um nome in­glês, assim Fábio Jr. era Mark Dave, Mauricio Alberto estou­rou “Feelings” no mundo in­teiro como Morris Albert, meu amigo Dave Mc. Lean, pegava o ônibus de São Paulo para Pi­racicaba onde morava, ouvin­do seus sucessos sem poder dizer nada pra ninguém.
 Enquanto a ditadura Mi­litar dos anos 70 perseguia a todos, nas comunicações, na música, no teatro, nas uni­versidades, Geraldo Vandré lança uma música que em metáfora transformou-se no hino daquela geração, com um título irônico para os censores; “Prá não dizer que não falei das flores” , durante as passeatas estudantis era a música da “CAMINHADA”, convidando a todos a partici­par sob o refrão “vem vamos embora / que esperar não é saber / quem sabe faz a hora / não espera amanhecer ”.

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